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  • Foto do escritorMiguel Boente

ATÉ ONDE PODE CHEGAR O FLAMENGO DE ROGÉRIO CENI? "POR MIGUEL BOENTE"


Amigos do Blog, essa é uma pergunta que não só tem tirado o sono dos rubro negros como também da mídia e das torcidas de clubes rivais. Mas até onde chega esse time? Olhando para trás, para a temporada 2020 "terminada em fevereiro" o time rubro negro já não vinha mantendo o mesmo nível de competitividade do seu ano mágico de 2019. Mesmo com o comando do ainda técnico Jorge Jesus o Flamengo foi campeão estadual jogando no limite contra o Fluminense! Alguns tem teses diferentes sobre essa queda de rendimento, uns diziam na época que o sistema de jogo do Flamengo estava ficando manjado, outros ainda diziam que os jogadores nos bastidores já estavam sabendo da saída do português do comando do time e com isso não estavam rendendo tudo que podiam.


O time entra então na disputa do brasileirão 2020 com o espanhol Domènec Torrent e vai mal durante sua passagem. Mas o que é ir mal segundo a ótica? Ausência de resultados, de bom futebol? Os dois?? Nas mãos de Dome o Flamengo passou algumas vergonhas como ser goleado por Atlético MG e Independiente Del Valle, mas também fez algumas exibições de gala como contra o próprio Del Valle, Corinthians e Bahia, o time jogou o fino da bola.

Dome "assim como qualquer técnico" teve acertos e erros. O principal acerto do espanhol foi acertar o posicionamento de Arrascaeta em campo, com Dome o astro uruguaio tinha mais liberdade para atuar e devolveu isso com partidas memoráveis, mas o ponto fraco do time de Dome era a defesa, o time tinha a fama de ser arame liso, cercava os adversários, mas ao mesmo tempo não incomodava o suficiente para recuperar a bola no campo de ataque "como era marca registrada do time de JJ" e como todos sabem, no futebol moderno a defesa começa no ataque, onde hoje em dia os atacantes são considerados os primeiros zagueiros na primeira linha de marcação.


Outro ponto negativo do time de Dome era a ausência da dupla Gabigol e Bruno Henrique, que na temporada 2019 só faltou fazer chover jogando juntos, mas no esquema do espanhol, de um jogo mais posicional os dois atacantes ficavam nas extremidades do campo esperando a bola, e sem ela os atletas voltavam muito na marcação, a ponto de em alguns jogos os dois não terem resistência para os 90 minutos, pelo menos para atuarem em bom nível! Em outras palavras, Dome cometia o que chamamos de alto sabotagem, ele piorava o time por seus conceitos errados, limitava o desempenho da equipe e dos atletas em muitos casos, e pagou por isso com sua demissão, pois a torcida já não aguentava mais o espanhol!


Eis que então chega ao Flamengo o técnico Rogério Ceni. Cercado de dúvidas, pois muitos torcedores não queriam o que consideravam um retrocesso, ou seja, que o time voltasse a ser treinado por um técnico brasileiro, já outros torcedores não gostavam de Ceni pela identificação dele como ídolo do São Paulo, afinal, foram 25 anos no gol do tricolor com muita competência e conquistas do goleiro artilheiro. E a terça parte da torcida enxergava que dos nomes atuais no Brasil gerindo equipes "já que o Flamengo não ia ao mercado europeu novamente" Ceni era o "menos pior" pois no Fortaleza com um elenco limitado o técnico teve sucesso.

O problema de Ceni foi chegar em meio a uma situação muito parecida com a de JJ em 2019, pois naquela altura o time estava nas oitavas de final tanto na libertadores como também na Copa do Brasil. Na competição nacional o time carioca foi eliminado pelo Athletico Paranaense, que mais a frente seria campeão da competição, e na libertadores teve sua vaga muito ameaçada ao perder por 2 à 0 para o Emelec em Guayaquil. Na oportunidade JJ foi cornetado não apenas pela mídia e pelos torcedores, mas também por parte dos dirigentes rubro negros que não queriam a contratação do português, mas sim de Renato que por sua vez não queria sair do Grêmio. JJ foi chamado de professor pardal por escalar Rafinha como meia, onde sua atuação foi um desastre, mas no fim o Flamengo conseguiu reverter o quadro, se classificou na libertadores e o desfecho todos sabem, Flamengo campeão contra o River Plate depois de 38 anos.


Ceni teve o mesmo destino, chegar em meio a duas disputas importantes, só que Ceni se deu mal, pois ao contrário do técnico português, Ceni fracassou nas duas. Contra o São Paulo nem viu a bola, e contra o Racing é o que chamamos de detalhe, enquanto JJ ganhou uma disputa de pênaltis e seguiu a diante, Ceni perdeu e já teve a desconfiança, agora não apenas de uma terça parte da torcida, mas de uns 70% no mínimo.

No início de seu trabalho Rogério Ceni quis implementar um jeito de jogar da equipe que era diferente do que JJ sempre fez, se aproximava um pouco do que Dome fazia no sentido de jogo posicional, e isso incomodava a torcida pois o time continuava a atuar com amarras, e depois de alguns insucessos Ceni se rende ao modo de jogo mais próximo do Flamengo de 2019 "talvez depois de algumas conversas com o elenco."


Ceni então ousa ao colocar Willian Arão como zagueiro e Diego Ribas como primeiro volante. Imediatamente o técnico paulista foi chamado de professor pardal por praticamente todo mundo, porém, o que parecia ser mesmo uma invenção, passou a ser uma boa alternativa. O problema é que o que era para ser uma alternativa se tornou algo corriqueiro, o time só atual com esta formação, e ela claramente nos mostra que tem deficiências! Pois é uma formação para quando o Flamengo tem a posse de bola, aí se justifica você ter um primeiro volante com qualidade de passe na zaga e um meia atacante como primeiro volante, porém, sem a bola o Flamengo se torna alvo fácil, o time não tem compactação. Aí cabe a pergunta, será que Ceni não tem inteligência ou sensibilidade para entender que este tipo de formação pode ser interessante contra equipes menores que vem a campo contra o Flamengo para jogar por uma bola, mas que para jogos contra adversários que gostam de propor o jogo essa formação tem que ser repensada? "E quando digo formação, entenda troca de algumas peças como por exemplo por Arão na sua posição originária e por um zagueiro de ofício na posição.


E sabemos que as coisas não são tão simples, as vezes problemas de contusão mudam os planos do técnico, por exemplo Rodrigo Caio se machuca muito, ainda temos o Tiago Maia que ao voltar para o time vai criar uma boa dor de cabeça pro Ceni, pois sem dúvidas é candidato a ser titular, ou no lugar do Diego ou do Gerson.

Aí chegamos ao ponto central deste artigo, até onde vai esse time? Sinceramente, se não houver evolução tática por parte do seu treinador e também na parte técnica alguns atletas não tem aparecido para jogar. Exemplos, Isla na lateral direita não vem justificando sua titularidade, Mateuzinho vem pedindo passagem, no meio Gerson é um excelente jogador, um dos maiores meio campos do mundo, porém, ultimamente tem sumido das partidas, contra o Velez quando ele resolveu jogar, deu pra ver a diferença que fez. Mais a frente um pouco Everton Ribeiro é outro que não vem justificando a titularidade, o jogador erra quase tudo que faz. Os dois erros mais recentes dele, contra o Palmeiras ele erra um passe no meio campo que proporciona o contra ataque que vai terminar com o pênalti sofrido por Ronny, e contra o Velez ele perde um gol inacreditável por falta de confiança. Se tais coisas forem detectadas e corrigidas rapidamente quem sabe o Flamengo possa ganhar títulos, principalmente de mata mata, pois sabemos quem em termos de pontos corridos um campeonato de 38 rodadas te permite ir mal em um jogo ou outro, mas em competições eliminatórias um erro, uma partida ruim pode ser fatal.


ENFIM, PARA QUEM TIVER CURIOSIDADE, O MEU TIME TITULAR SERIA ESSE


DIEGO ALVES


MATEUZINHO

RODRIGO CAIO

BRUNO VIANA

FILIPE LUIS


WILLIAN ARÃO

GERSON

ARRASCAETA


BRUNO HENRIQUE

PEDRO

GABRIEL


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POR MIGUEL BOENTE

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